segunda-feira, 30 de junho de 2008

Orquestra Imperial – o show do show

Com o pensamento da namorada do amigo de que "saídas em dia de semana são sinceras", eis que fomos assistir ao show da Orquestra Imperial no Monte Líbano na última quinta-feira.

De roupas novas que custaram mais de R$100 reais, ao 157 que nos deixaria na Cruzada.


Do caminho obscuro à pé, à enorme fila de descolados que se acotovelavam para obter

meia-entrada para um show que já havia começado.


De mesa divida com Globais-classe-A, à tentativa de vender oito cigarros avulsos por R$0,50 para conseguir comprar cerveja, já que o nosso dinheiro – somado! – já tinha acabado após três latinhas.


De segunda vez na semana encontrando Marisa Monte em evento social, à mendicância (literalmente!) para conseguir comprar/ganhar cerveja, já que a estratégia do cigarro foi totalmente fracassada – nem Débora Lamn, que é celebridade-classe-C, quis comprar um para fortalecer a firma.


De Wilson das Neves, à Moreno Veloso.


Do luxo ao lixo.

Não necessariamente nessa ordem.

Num período de três horas.


Obs:Esse blog está virando um relato da vida social em comum dos seus autores sim, e daí?!
Obs2: Post a 4 mãos.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Domingo na TV

Em menos de uma hora em frente a TV no domingo, muitas surpresas:

- Ver desfile é meio chato. Aquele povo andando pela passarela com aquelas roupas que ninguém vai usar e tal. Ainda mais o desfile da Colcci que tinham 3 passarelas enoooormes e o/a modelo tinha que andar pelas 3. Gisele Bündchen entrou e, na boa, andou igualzinho a todo mundo. Não notei diferença nenhuma. Chata igual. Se não bastasse, quando ela sai da passarela ARAM DE MOSTRAR O DESFILE para mostra a Gisele acompanhando o resto do desfile pelo telão! Sério, muita babaquice. Mudei de canal

- Fui para o Multishow que tava passando a reprise do Altas Horas. As meninas que fugiram de casa estavam lá. Dando entervista: "Então, essa invasão da mídia é horrível, a gente não queria isso. É como se a conversa que a gente teve que ter com nossos pais, a gente tivesse que ter com o Brasil inteiro!" Minha filha, tá fazendo o que no Altas Horas então?! Mudei de canal

- Nem lembro que canal era. Mas alguém me explica o que a Sarah Jessica Parker tá fazendo andando num jardim com um chapéu enooorme numa propaganda de um shopping ou condomínio de luxo em São Paulo?! Sério, não entendo esses marketeiros as vezes...

Power off.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Versos, referências e falcatruas

Às vezes me pego pensando no quanto eu gostaria de ser compositora. Uma Chica Buarca (ou seria... bruaca?), uma Caetana Velosa ou, até mesmo, uma Tonha Maria. Quando sinto essas coisas, não me faço de rogada. Eu simplesmente... componho! Claro que, para fazer isso, é necessário técnica. Existem muitas por aí e, agora, vocês terão o prazer de conhecer uma delas.

O nome dessa técnica é Djavanear. É a minha favorita, depois da Sandyjúnior e consiste, basicamente, do uso da paráfrase. É o que aquele Jorge Vercilo faz, só que com a letra - ele faz com a melodia. Arnaldo Antunes também costumar usar esse recurso, misturando Carlinhos Brown com uma pitada de Engenheiros. Nesse caso, só na letra.

Enfim. Usarei como exemplo a música Outono, de ninguém mais, ninguém menos do que Djavan. Primeiro, colocarei a letra dele. Abaixo, estará a minha mais recente criação em termos musicais: "Folhas Secas", desenvolvida através da técnica.

Outono
Djavan

Um olhar uma luz
ou um par de pérolas
mesmo sendo azuis
sou teu e te devo
por essa riqueza
uma boca que eu sei
não porque me fala lindo
e sim, beija bem
tudo é viável
pra quem faz com prazer
sedução, frenesi
sinto você assim
sensual, árvore
espécie escolhida
pra ser a mão do ouro
o outono traduzir
viver o esplendor em si
tua pele um bourbon
me aquece como eu quero
sweet home
gostar é atual
além de ser
tão bom.


Folhas secas
Clarissa Mello

Uma visão, um clarão
Ou um casal de pedras preciosas do mar
Ainda que marinhas
Sua sou e em falta com você estou
Por essa fortuna
Os lábios que eu conheço
Não porque conversa belo
É que o beijo é bom
Tudo é permitido
Para aqueles que agem com gozo
Atração, delírio
I just feel you this way
Atraente, planta
natureza elegida
pra ser os pés do metal
as folhas secas revelar
existir a ostentação em si
tua carne um whisky
me esquenta da forma que desejo
doce lar
adorar é contemporâneo
e também é
maravilhoso.


Pegaram? Viram como é fácil? Agora é só treinar e despertar o compositor que existe em você!
– E em você também! (coro)

ps: O espaço de comentários pode ser usado como rascunho no processo.
ps2: Preciso explicar a técnica Sandyjúnior?

terça-feira, 17 de junho de 2008

Fashion Rio2

Bom, a outra metade desse blog escreve como um novato no evento. E como além de coisa fina, somos pura bossa, nos comportamos como veteranos.

Logo na entrada uma surpresa! Qualquer um pode chegar e entrar aqui?!?!? Sério, demos uns números aí de CNPJ mas que poderia ser o número do último ganhador da Megasena que não ia fazer a menor diferença. Crente que ela ia ter o nome da empresa (Etc.) cadastrado assim que déssemos o CNPJ, mas neca. Já estava preparado para dizer minha função na empresa (eu seria olheiro – viaja, viaja e conta tudo que rola por aí) e exatamente o porque estava querendo entrar no Fashion Business. Pfffff....”Qual o nome da empresa, por favor?” E outra pergunta. Qualquer um entra na Marina da Glória?! Não tem um convitinho? Sei lá, achei estranho.

Mais estranho ainda é lá dentro. Decepção é a palavra. Escuro, chão molhado (nem choveu, parecia mijo), sem sinalização indicando onde era o que. Nada de luxo e riqueza que eu esperava num evento que por definição vende luxo e riqueza. Mas, veteranos que éramos (para todos ali, pelo menos) nem um pingo de indignação ou que estivéssemos perdidos. Até porque Claris realmente sabia para onde ir. E então fomos direto para a sala de imprensa. Alguns famosos classe c depois, uma espiadinha na área de desfiles e pronto. Vamos ao que interessa.

Convite na mão, stand da Oi. Toda aquela frustração de fila já descrita abaixo e tal. Lá, muita comida boa (japa, inclusive) bebida aos montes porém, um salgado em particular chamou atenção!

Agora reproduzo diálogo entre eu e Claris sobre o dito cujo e seu amigo enganador:

Clarissa: o primeiro que comi parecia papel
André: teve um que comi meio nojento, cru em cima
Clarissa: mas o meu primeiro que comi tipo, mto feliz pensando "oba, massinha de crepe"
Nossa, qdo coloquei na boca: duro-murcho, estilo papel
André: hahaha......uma discrepância o salgado. murcho embaixo, duro em cima
Clarissa: uma loucura
Clarissa: um bolo de papel higiênico que foi molhado e secou sabe
e eu comi. isso em cima. embaixo o papel higiênico ainda tava molhado
André: papel higiênico recheado com frango!
Clarissa: que estamos chamando de salgado por não saber a nomenclatura correta
André: isso...o máximo que fizemos foi não chamar de salgadinho, apenas salgado
Clarissa: é! pq salgadinho é que não era
André: e o doce de leite no palito que parecia duro q nem uma pedra q nem nos arriscamos?
Clarissa: enorme
Clarissa: cara, sabe q q parecia?
uma micro banana caramelada, mas tenho certeza que era ilusão. por isso não me arrisquei
André: pura ilusão....estamos ficando craques em salgados enganadores

sábado, 14 de junho de 2008

Fashion Rio

Como a outra metade que escreve costumava dizer, esse blog é coisa fina e é por isso que, apesar de periferia, fomos ao Fashion Rio.

Entramos pelo Fashion Business, apesar de termos o convite pra entrar no estande da Oi. A idéia era fingir que tínhamos uma loja, chamada 2for2. O público seria GLBT, LGBT, SGLBT, ABC, vocês entenderam. Um conceito criado depois do nome, que envolvia o número 24, do viado do jogo do bicho, uma loucura, enfim. Mas com pedigree.

Na hora de entrar, menina do computador:
- CNPJ da empresa?
- 8374839457394/0001-38 (números aleatórios)
- Nome da empresa?
(Oi, sou covarde.)
- Etc..*

Entramos. Passamos rápido pelos estandes. Paramos somente no da etc. - que estava um luxo! Depois, fomos direto para o Fashion Rio. Convite do glamour na mão, vamos dar uma rodada, caçar famosos, ver e ser vistos, antes de bebermos e comermos for free. Pobre é foda. Pobre deslumbrado é pior ainda.

Rodada básica: Giane Albertoni, Fernanda Young, Alexia Dechamps, Fiorela alguma coisa e mais um monte de rostos que eu conhecia mas não sabia da onde.

- Ih ó, aquela mulher!
- É mesmo, aquela mulher!
- Aquele ali é alguém, ó!
- Aquele outro também, só não sei o nome!
- Nem eu, nunca sei.

A idéia era tirar fotos e trazer pra postar aqui pra vocês verem, mas ficamos constrangidos. Preferimos fingir que éramos alguém também e andar empinando o nariz. Cruzes, tinha uma água no chão da Marina da Glória que fiquei, uh, mal de olhar, pobreza, gentedocéu.

Andamos e andamos e andamos e chega, vamos para o paraíso beber montanhesa e comer japonês. Já na porta do estande da Oi...
(como quem não quer nada) - Oi, pode entrar por aqui?
(moça simpática, porém vaca) - Não, tem que entrar na fila.

Cruuuuuuuuuuuuuuuzes, gente, fi-laaaaaaaaa! Fiiiii-laaaaaaa! Tem coisa mais pobre e anti-fashion do que fiiii-laaaa? E justo no Fashion Rio. Ficamos putos, mas entramos na fila. O pior da fila é que ela é vista por todos os ângulos da Marina da Glória. Ou seja, todos flagram a pobreza. Mas antes estar na fila do que ficar rodeando enquanto fala no celular´, porque isso é pagar de pedinte que está ligando pro amigo que está lá dentro pra pedir pra entrar.

Uns 20 minutos depois, chegamos. Menos famosos, muito menos famosos, do que imaginei. O que salvou foi a comida e a bebida - eu já sabia que valeriam a pena. Tinha um tal de caipicolé que adorei. Os homens eram todos mulheres. E as mulheres eram todas de outro planeta, com visual digamos que... excêntrico. Tá na moda, né, gente?

Enfim, cheguei nesse ponto do depoimento sobre a ida ao Fashion Rio em pleno Dia dos Namorados (Quem não tem cão...) e concluo que não tenho como finalizar. Tudo porque não fizemos nada do que combinamos (tirar foto, escrever na hora a legenda num bloquinho, falar mal e etc etc etc). Vou fazer assim: deixarei em aberto para que o andrelima comente num próximo post a impressão dele do evento, afinal, foi a primeira vez do menino.

Beijo e queijo.


*Etc. é o nome da empresa de dois grandes amigos que estavam expondo no Fashion Business. Quem quiser saber mais, clica aqui.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Pó de arrops! ... carvão

Gentepáratudo.

Vocês viram o boneco do Barack Obama?

Foi lançado hoje, dia 9, na Alemanha. Agora eu te pergunto: quequiálemanha tem a ver com as eleições dos Estados Unidos pra sair fazendo boneco, meu pai do céu?

Enfim. Fizeram. O tal bonequinho será vendido por 139 euros (mais ou menos uns 360 reais, pechincha). Vem com terno de seda, sapato de couro e toda uma estáile de negrinho do pastoreio.

Assim, cá entre nós. Na minha terra, Obama é mulato; na terra do Fenômeno, ele é pardo-quase-branco-e-olhe-lá!. Mas em terrinha onde mamãe do Hitler passou talquinho...


- Saravá, Preto Véio!

TV FAMA

Alguns famosos dizem que trocam a fama pela liberdade. Pois isso nunca foi tão verdade quanto para os sargentos do exército que assumiram a homossexualidade na capa da Época dessa semana.

Depois foram no Superpop repetir tudo, tin tin por tin tin, só que agora intercalado com expressões e perguntas da apresentadora. Muito melhor do que ler a Época.

Enfim, o fato é que um dos sargentos (ainda não entendi porque não os dois) já estava com um mandado de prisão expedido desde muito tempo. Ele era foragido!

Pense comigo. Você é foragido do exército. Se esconde aonde?! REDE TV!!!

Aí está. Liberdade em troca da fama.

E só para analisar um pouco a estratégia desses caras. Eles soltaram a reportagem logo após a Parada Gay. Momento muito favorável. Foram para a Época contar. Revista dita “séria”. Depois, com o terreno bem preparado adubaram com a merda do Superpop. Fama na certa!

Bem assessorados esses aí!